quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alone.

Tenho medo de ficar limitada. Esquecida. Como aquela caixa de leite meio vazia atrás do pote de manteiga na geladeira. Que todo mundo ignora, e substituí por uma cheia. Eu não sei mais me prender. Perdi a concentração. Tem um livro e eu o quero ler a mais de um mês, mas eu não consigo. Não consigo simplesmente parar pra aquilo. Não sei mais esvaziar minha mente. Tenho costume de deixar as coisas pela metade. As coisas, as palavras, as pessoas. Daí eu disse que não, daí ele disse que sim. Daí eu disse que tanto faz. E pronto. Foi o que ficou. E não tem jeito, quando uma coisa fica não se volta mais atrás. Não se retrocede palavras. E o tempo? Nunca para, nunca volta nunca cura. Só eu sei o que é. Mas não divido, não se passa um fardo a diante. Já não sou mais o que era, passei a ser o que me tornei. E eu não sei dizer o quanto isso é bom, nem é.