quarta-feira, 13 de outubro de 2010

No Fear.

Um dia tu descobre que não é tua aquela dor. Não são teus aqueles versos, que nada mais te pertence.NADA. Você nada mais é do que alguém no meio de tantos que quer ser ouvido, tem uma dor e quer que todos a conheçam independente do motivo o que você quer, na verdade é escutar palavras de conforto que lhe digam: Olha, ele vai voltar. Veja bem, o amor é assim. Assim como? Como pode se doer e achar isso bom, como pode tentar fazer pessoas entender o que nem tu mesmo consegue entender que dirá expressar abertamente o que ti é desconhecido. Tantas coisas foram te privadas, tantos medo reprimidos que ficam guardados em linhas traçadas hora a tinta e papel, hora imortalizados por dedos que digitam rápido em busca de se livrar logo desse peso. Cada hora que passa a respiração pesa mais, o peito mais enche de um sentimento qualquer, e você continua aqui na esperança de ouvir aquelas tão sonhadas palavras de alivio imediato. Tudo que bate volta. É a lei da vida, como uma droga que vai lhe trazer um prazer sem igual no primeiro minuto e depois? Eu me pergunto. Depois, tu viciará e todo dia tentará expulsar teus monstros, claro que em vão. Claro que eles não vão embora. Um ciclo, uma renovação do que é todo dia. E assim é se doer, só quem sabe sabe. Sente quem for capaz e tenta escrever quem estiver tão entorpecido a ponto.

domingo, 10 de outubro de 2010

Second.

Hoje eu prendi a respiração por 5 segundos. Longos 5 segundos, em que eu fechei meus olhos embaixo do chuveiro.Vi toda a minha vida se passar. Nesses 5 segundos em que fiquei imersa a mim levei rapidamente minhas mãos até meu rosto, espalhando a água que caia por eles. Logo em seguida, esfreguei minhas mãos cada uma em um braço com força como se quisesse limpar algo. Algo que não parecida estar ali, algo interno. Parei e soltei um suspiro longo. Ainda de olhos fechados, os segundos pareciam não passar. Eu sentia a água escorrer pelo meu corpo, escutava o barulho dela descendo pelo ralo. Então abri meus olhos, e dei de cara com a realidade assim, com força bati contra o murro. Me encontrei sozinha e com frio ainda embaixo do chuveiro como se o tempo não tivesse passado como se nada fosse por acaso.

Survivor.

Eu nunca achei que devesse  me sentir agradecida por isso. Quer dizer, como posso me sentir bem com uma coisa que dói às vezes? Queria ser plena, queria conseguir te agradecer a noite mas eu não consigo. As vezes choro baixinho, no escuro. Espero que você entenda, ou não. Devo ser a tua filha mais rebelde a que mais te cobra, mas veja bem como devo concordar com tudo e dizer amém? Me lembro quando era criança, logo cedo aprendi que tu é a coisa mais importante que existe e que ama a todos IGUALMENTE. Mas esse igualmente, não é por igual, não é nada igual. Logo percebi que tu não estava lá sempre nem pra mim, nem pra muitas outras pessoas. Pessoas que nada tinham, pessoas que se apegavam a você... Acho que a gente não deve se apegar a nada, talvez por isso eu esteja assim, eu não sei talvez você esteja me punindo por algo que eu fiz ou que faltou. Acontece que às vezes eu queria ser diferente, cansei de ser toda pra dentro, é ruim assim sabe? Viver uma vida toda assim, sentir que não vale a pena sentir essa falta de viver essa lacuna dentro de mim. Queria ser plena, de ti ou de qualquer outra coisa. Querer. E o poder cadê? Cadê que eu não te vejo. Veja bem, as noites são todas iguais os dias são iguais. Pronta pra receber mais uma dose das dores do mundo. Em doses assim bem pequenas, pouco a pouco. Enquanto tem gente por aí que nada sente, que não está preocupado com a dor da gente. I'm a survivor. Se isso é bom ou não, já não sei. 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Love in the Afternoon.

Ícones da música, ícones de vida. Exemplos consideráveis de força, perseverança e coragem. Amigos.

É tão estranho 
Os bons morrem jovens
Assim parece ser 
Quando me lembro de vocês "


Meus heróis morreram de Aids e os seus? 

sábado, 2 de outubro de 2010

Just Friends.

E faz tempo que eu quero lhe dizer. Aquilo tudo que já não cabe mais em mim.Sinto um aperto danado no peito, toda vez que tu some. Te procuro por milhas e milhas, tento entender a minha insensatez. Me questiono: Por que? E nem uma resposta. Só ouço os passos imaginários la fora. Dentro da minha cabeça uma voz, como um eco me lembrando tudo o que eu não pude dizer. Eu voltaria atrás do tempo, como naquela canção. Só pra ti, por ti. Me sinto como uma criança que anseia um brinquedo novo. Passo meus dias a pensar te, fazendo mil planos para tardes que não teremos, sorrisos que não veremos e os olhares que por ventura não trocaremos. Mas ainda assim, posso com clareza dizer que és a melhor parte de mim, tudo aquilo que me falta, meu anseio sem fim. 

Forgive me.


'' Baby can I hold you tonight ? ''

Everytime.

Acontece que você ainda está aqui. Todos os dias nas pequenas ações que eu faço, como acordar pela manhã, ou tomar uma xícara de café. Comer do teu doce favorito, ou sentir o cheiro do teu perfume por acaso. São lembranças entende? E eu não posso toca las é só o meu sub consciente brincando de esconder. Mas o que costumava ser bom, se perdeu e o acordar logo cedo ficou ruim, o café se amargou e o doce que eu comia com tanto gosto azedou. E agora a gente distribui culpa, e se doí cada qual do seu jeito.E assim a gente segue, eu não te vejo e tu fingi não me ver. Nosso trato. A gente fingi que está tudo bem, sem estar. Dá risada quando deveria chorar. E as vezes eu me pergunto, por um segundo quando a noite caí se tu ainda sente falta, dos meus lisos abraços.